Thursday, February 21, 2008

Porto


Porto, originally uploaded by aline g..

Hafnarfjorður harbour


harbour, originally uploaded by aline g..

Fisherman


Fisherman, originally uploaded by aline g..

Tuesday, February 19, 2008

Indiozinho


Fê em 2005.
Me lembro muito bem... ele nasceu em 89 com os cabelos arrepiados como um indiozinho...e agora está se mudando da casa de minha tia para estudar engenharia na UNICAMP!


Sim, ele passou no vestibular! Torcemos muito por querer bem a ele, que é muito especial! E o tempo passou super rápido... meu indiozinho agora vai morar sozinho e viver a vida de faculdade. Quero mais é que ele viva a cada dia todas as delícias de estar na faculdade, de ser calouro, de muitos churrascos, festas, viagens e provas... Quero que ele se encontre na engenharia e que seja feliz e forte...

Mas louco é quem me diz...

Há dias tenho a "Balada do Louco" em minha mente... numa vah tentativa de exterminar de vez essa música de minha cabeca, foi procurar a letra e encontrei um ótimo, lindo texto. Tenho que postar aqui:

Dizem que sou louco...

A mulher se aproxima do carro com uma tesoura na mão, gesticulando muito.


O susto logo é substituído pela surpresa: longe de pretender qualquer violência, a mulher procura seu próprio reflexo no vidro do meu carro, na minha janela, para cortar o cabelo.

Ela intercala tesouradas rápidas no pêlo já muito curto --sinal de alguma internação recente?-- com outros na própria roupa. Sim, cortou as calças nos moldes de um shorts e a blusa, como um top irregular, mas funcional --ambos escondiam suas "partes".

Enquanto o farol não abre, eu fico ali, sendo "olhado" por aqueles olhos vazios, que na verdade nem me notam, mas que procuram nortear a bizarra mudança visual em plena via pública.

O que se estabelece ali é um imenso vazio de entendimento numa imensidão de significados. A mulher olha e não me vê --nem sei sequer se vê a si própria; creio que não. Eu olho para a mulher e o que vejo nada me diz, porque é impossível entender o que aquilo tudo representa para ela mesma.

Como não poderia deixar de ser, as pessoas nas calçadas que presenciavam a cena riam. É sempre assim: na falta de coisa melhor para fazer, ri-se do que se convencionou chamar de loucura. O riso, na verdade, é um disfarce para o constrangimento ou a falta de entendimento daquele mundo particular e sem dúvida curioso, que a rigor só existe na cabeça do portador de transtorno mental --é assim que, no terreno do politicamente correto, deve-se chamar os loucos de outros tempos.

Rimos porque não sabemos o que fazer com eles. Não sabemos nem sequer o que fazer direito com parentes e amigos transtornados, o que dirá dos excluídos que perambulam pelas ruas? Porque no fundo não sabemos lidar com as diferenças, os diferentes, sejam deficientes, físicos, portadores de síndrome de down, depressivos, eufóricos...

Pior do que não saber o que fazer a respeito, há um equívoco mais problemático ainda: tratar a loucura de maneira romântica, como se o comportamento inadequado fosse fruto de uma maneira criativa de se colocar no mundo.

Talvez seja, quem sabe em determinados casos a coisa vá por aí mesmo.

Mas o que prevalece mesmo é o sofrimento, a dor da não aceitação, da rejeição social, da incompreensão do mundo tal qual ele se apresenta, de como esse mesmo mundo trata quem não consegue entendê-lo corretamente.

Por mais delicado que seja o tema, não deixa de ser fascinante pela imensidão de possibilidades de entendimento. A mim me fascina, e há um caso em particular que merece minha atenção e respeito.

Trata-se do compositor, cantor e pianista Arnaldo Baptista, líder e mentor do fantástico grupo Mutantes, trio formado ele, seu irmão Sérgio e por Rita Lee e que foi um marco da nossa música nos 60/70.

Um disco do grupo do começo dos 70 traz a canção "Balada do Louco", uma elegia da diferença, meio premonitória até, uma vez que o próprio Arnaldo, anos depois, teve um surto psicótico, pulou da janela de um hospital e nunca mais se recuperou completamente. Em 1996 ele regravou a canção no disco "Singing Alone" e o resultado é simplesmente fantástico. Além da beleza da melodia, a poesia é ao mesmo tempo libertária e instigante, como você pode ver a seguir

Balada do Louco(Arnaldo Baptista e Rita Lee)

Dizem que sou louco
Por pensar assim
Se eu sou muito louco
Por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz

Se eles são bonitos
Sou Alain Delon
Se eles são famosos
Sou Napoleão
Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz

Eu juro que é melhor
Não ser um normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu

Se eles têm três carros
Eu posso voar
Se eles rezam muito
Eu já estou no céu
Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Não é feliz

Eu juro que é melhor
Não ser um normal
Se eu posso pensar
Que Deus sou eu

Sim, sou muito louco
Não vou me curar
Já não sou o único
Que encontrou a paz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz
Eu sou feliz!

Luiz Caversan, 52, é jornalista, produtor cultural e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos Cotidiano, Ilustrada e Dinheiro, entre outros. Escreve para a Folha Online.

Thursday, February 14, 2008

obssessao adquirida

nova obsessao adquirida: cores
tem sido motivo de pesadelo e alegria. tardes e tardes no laboratório do departamento de belas artes tentando obter impressoes aceitáveis. o pior é que a cada dia comeco a ver mais e mais detalhes que só dao um nó na minha cabeca.
o que era para ser apenas duas horas imprimindo meu portifólio, tem sido dias e dias calibrando monitores, testando impressoras (laser, ink jet e wax), testado papéis... uma loucura.
por que as cores que vemos no monitor nao sao as que saem no papel? como diz Eric, professor de fotografia: porque o mundo nao é perfeito!
mas é quase! to chegando lá com minhas cores...

fim do curso de tipografia com o Atli: manhas divertidas descobrindo detlhes escondidos nas letrinhas, trabalhando com formas e composicoes.

música: radio gnt on line especial Chico Buarque (de arrepiar!) + Marisa Monte (anos 90) + Elis (sempre!)

filme: Atonement - lindo, triste e sensível.
Hawaii, Oslo - alternativo

livro: Design: intelligence made visible (licao de casa, de história e mundo)

bom findi! o meu já é!

drawing around


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playing with clarendon


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poster for typography course


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poster for typography course


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Tuesday, February 12, 2008

DEconstruction


DEconstruction, originally uploaded by aline g..


construction in the morning, originally uploaded by aline g..

I woke up very early to take this photo.
It was ridiculous!
I had to ask for a permition+ use helmet + i had someone following me all the time...